Meu barco afundou na última tempestade e agora passo os dias a construir jangadas.
Disseram-me que elas são mais resistentes.
Disseram-me também que elas sabem o caminho por si só, bastando soltá-las no mar e pronto!
Rumo certo, sem alardes.
Mas eu fiquei a cismar: como pode a jangada saber onde quero chegar?
Desisti da resposta!
Disseram-me um dia que entender faz perder todo o sentido e, por isso, eu desisto.
Junto os pregos, amarras de todo tipo e teço a minha jangada cantando... (quase sempre com vontade de chorar).
AMOR é bandeira que afunda embarcações, mas eu estou sedenta, como se nunca houvesse habitado o mar.
(Patrícia Lara)
Parabéns. É um lindo poema, honesto, simples e reveja mais do que ensina.
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